Quais são os sintomas da síncope?
A síncope pode se manifestar de diversas maneiras: escurecimento da visão, queda sem razão, perda da consciência. Algumas vezes, o desmaio é precedido por outros sintomas (náuseas, palpitações, tonteira, dor no peito/estômago).
O que pode causar síncope?
A síncope pode ser causada por problemas cardiovasculares, não-cardiovasculares ou ser inexplicada (causa indeterminada). As causas cardiovasculares são as mais freqüentes, sendo elas: estruturais (alterações na anatomia do coração – válvulas, coronárias, músculo cardíaco, etc), arritmias, mediadas por reflexos (síncope vaso-vagal) ou postural. As causas não-cardiovasculares subdividem-se em: problemas neurológicos, metabólicas (anemia, baixa da glicose, etc) e psicogênicas. Não se consegue determinar a causa em aproximadamente 15% das síncopes.
Síncope vaso-vagal: É o tipo mais comum de síncope. Ë uma condição em que há uma alteração no centro regulador da pressão arterial (sistema nervoso autônomo) com resposta exagerada do organismo a uma situação de estresse (ver sangue, ambientes aglomerados e quentes, dor, medo), desidratação ou postura em pé, levando a uma súbita diminuição da pressão arterial e lentificação da freqüência cardíaca. Esse tipo de desmaio avisa quando vai chegar, pois é precedido por: turvação visual, suor frio, náuseas, tontura. Ao deitar-se no início destes sintomas a pessoa pode não desmaiar.
Síncope postural: Também chamado de hipotensão postural. Ocorre quando a pressão sangüínea cai devido a mudança na posição (deitado para em pé). Pode estar relacionado a certas medicações, diabetes ou desidratação.
Síncope cardíaca: Perda da consciência causada por diminuição do fluxo sangüíneo cerebral secundário à alterções cardíacas que impedem que o sangue flua normalmente. Exemplos: arritmias, doenças nas valvas, coágulos sangüíneos ou insuficiência cardíaca.
Síncope Neurológica: Perda da consciência devido problemas neurológicos. Exemplos: convulsão, acidente vascular cerebral (AVC), ataque isquêmico transitório, hidrocefalia. Nestes casos, a síncope geralmente, está associada com alterações na força muscular, marcha, fala ou visão. A recuperação da consciência é mais lenta.
Como a síncope é diagnosticada?
O diagnóstico da síncope é feito através de uma boa avaliação médica e alguns exames complementares.
A avaliação médica deve constar de algumas questões como:
- Você sentiu alguma coisa antes de desmaiar? Tonteira? Escurecimento da visão? Suor frio? Náuseas?
- O que você estava fazendo antes de desmaiar?
- Você tem algum problema de saúde? Cardiológico? Neurológico?
- Você tem palpitações antes de desmaiar?
- Toma alguma medicação?
- Quando você recobrou a consciência, apresentava alguma dificuldade para falar, movimentar-se ou caminhar?
- Os exames complementares que podem ser necessários para diagnosticar a síncope são:
Eletrocardiograma
Ecocardiograma (ultrassom cardíaco)
Tilt-teste (teste da mesa inclinada): trata-se de um exame onde o paciente deita-se numa mesa, que inclina-se a 80°. permanecendo com a monitorização dos batimentos cardíacos e pressão arterial. Se o paciente tiver predisposição à síncope, ele desmaia durante a inclinação.
Estudo Eletrofisiológico: Se a história for sugestiva de arritmias (palpitações) ou houver doença cardíaca, pode ser necessário utilizar um exame que introduz cateteres no coração e avalia o sistema elétrico cardíaco.
Como tratar a síncope?
O tratamento depende da causa da síncope. Pode ser necessário utilizar medicações, corrigir alterações cardíacas através de cirurgias, utilizar marcapassos ou cardiodesfibriladores (CDI), realizar ablação de arritmias, suspender medicações que provoquem desmaios, evitar situações que predisponha à síncope.
Na síncope vasovagal é importante que:
- O paciente mantenha-se hidratado
- Utilize meias elásticas
- Evite ambientes quente e aglomerados
- Alimente-se de 3/3 horas. O jejum prolongado pode predispor ao desmaio.
- Fazer exercícios físicos regularmente, principalmente para as pernas.
- Ao sentir os primerios sintomas, dte-se e levante as pernas.